terça-feira, 4 de maio de 2010

CARTA CONFESSIONAL PRA NUNCA SER REMETIDA

Cansei!... Fui até a esquina, me procura por lá!
Dei queixa ao bispo, ‘sartei’ de banda!
Não acredito em mais uma, umazinha, promessa das pequenas.
Você mente em tom maior.
Melhor, 
você mente sementes que germinam em mim,
me fazem fértil.
Virei árvore, parada, grande, frondosa, se deite aqui na minha
rama, arme a rede, se deleite; mas não deite mais esta falação
de doido pra cima da minha alma.
Ela nem agüenta mais e clama:
Calma, vai devagar cantar em outra freguesia.

Que mania infeliz é esta de me tirar de idiota confessa
quando eu sou apenas poeta!

(Elza Fraga)

5 comentários:

  1. Gestos para suprir o que as palavras só estragam.

    Adorei!

    Abraço grande, minha cara!

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  2. Oi, minha querida
    Palavras as vezes são tão desnecessárias,
    né mesmo?
    Queria tanto ter o dom da síntese!
    Tento, me esforço, rsrs, mas ainda me alongo em alguns assuntos onde caberia bem, e apenas, um humhum, rsrs
    Estive lendo vc hoje, adorei!
    Bitokitas e luz

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  3. É mesmo, palavras demais atrapalham...

    Beijo grande

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  4. Atrapalham mesmo, Dade.
    As vezes um abraço traz no bojo milhões de palavras caladas, mas que a gente escuta por dentro e sabe exatamente quais são.
    Bitokitas e feliz dia das mães procê!

    ;)

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  5. É para não remeter mesmo. Não vale a pena! Mesmo não sendo poeta, concordo.
    Adorei!
    Bjs.

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