Abriu a porta pra lua, deixou que ela se refletisse por inteira na parede mal caiada,
sentou-se a mesa, a solidão doendo como faca enfiada e girada dentro do peito.
Era a única companhia de todas estas noites.
Pena que tão calada, só escutava suas queixas.
Puxou os dois pratos, um pedaço de pão dentro de cada.
Deixou que a lua se servisse primeiro e ela ali, só olhando, muda.
Pensou lá com seus botões que a lua estava sem fome esta noite.
E foi só então que ele percebeu o tamanho da sua distração,
era lua cheia!
(Elza Fraga)
Lindíssimo, querida. Estou sempre acompanhando tudo seu, poemas, contos... vc escreve de uma forma que vicia.
ResponderExcluirBeijo!
Oi, querida, brigadim, este acabou de sair do forno agora, igualzinho o pão que a lua dispensou, rsrsrs
ResponderExcluirBitokitas, Larinha!!!